Impressões labiais
Oficina CEER
 02-07-2012
UPORTO ABRE CAMINHO NA INVESTIGAÇÃO FORENSE

Virgínia Costa e Inês Caldas são investigadoras da Faculdade de Medicina Dentária da U.Porto (FMDUP) e publicaram, recentemente, um artigo no “Journal of Forensic Sciences”, no qual mostram as conclusões de uma investigação realizada na FMDUP. O artigo, “Morphologic Patterns of Lip Prints in a Portuguese Population: A Preliminary Analysis”, demonstra como a queiloscopia, ou seja, o estudo das impressões labiais pode contribuir para a identificação humana em contexto forense.

A importância da queiloscopia encontra-se ligada à possibilidade que as impressões labiais colocam para a identificação humana, uma vez que é geralmente aceite que estas impressões são únicas e relativamente estáveis ao longo da vida – recuperando o seu padrão original mesmo após inflamações, doenças e traumatismos.

Segundo as autoras, este estudo pretendia confirmar o potencial para a identificação do sexo através das impressões labiais. Através do recurso a uma população de 50 indivíduos, 25 de cada sexo, Virgínia Costa e Inês Caldas recolheram impressões labiais, classificando-as segundo uma das categorizações mais usadas: Suzuki e Tsuchihashi. A comparação dos resultados entre homens e mulheres mostrou uma diferença estatisticamente significativa: o padrão Tipo III foi o padrão mais comum nos homens, enquanto nas mulheres prevaleceu o padrão Tipo II.

Os resultados confirmam a hipótese levantada no início do estudo, munindo a ciência forense de mais instrumentos para a identificação humana.

Fonte: noticias.up.pt