A capacidade de inovar é prejudicada quando a regulação dos mercados de trabalho é mais rígida, refere um estudo da Universidade do Minho, que avaliou 10 países da União Europeia, incluindo Portugal. As investigadoras Natália Barbosa e Ana Paula Faria concluíram também que a inovação é beneficiada quando a regulação dos mercados de capitais é mais transparente. O trabalho foi publicado na conceituada revista internacional “Research Policy”.
“Os resultados demonstram claramente que as características da regulação dos mercados assumem um papel muito importante na determinação da capacidade de inovação nos países da UE”, frisam as economistas, que analisaram a relação da inovação com as características institucionais de 22 indústrias para o período 2002-04. Natália Barbosa e Ana Paula Faria obtiveram outro dado importante ao correlacionarem as patentes com a propriedade intelectual. “Verificámos que o reforço no sistema de patentes não induz propriamente a mais inovação, o que contraria a perspetiva mais difundida entre economistas e decisores políticos, mas está em concordância com vários estudos recentes nesta matéria”, justificam.
Natália Barbosa e Ana Paula Faria são professoras da Escola de Economia e Gestão e investigadoras do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas (NIPE) da UMinho. Doutoraram-se em Economia pela Universidade de Manchester e de Nottingham, respetivamente, têm diversos artigos em revistas internacionais, organizam vários congressos, desenvolvem colaborações regulares com o mercado e têm centrado a investigação nas áreas da economia industrial e da empresa e economia da inovação.
Mais informações
Profª Natália Barbosa – 253604535, natbar@eeg.uminho.pt
Profª Ana Paula Faria – 253604542, apfaria@eeg.uminho.pt
Fonte: uminho.pt